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Hoje é o Dia Internacional da Mulher e nós já começamos a falar sobre isso deste ontem lá no nosso Linkedin. Se você ainda não viu, dá uma chegadinha aqui.

O que é uma caminhada para os homens é geralmente uma corrida cheia de obstáculos para as mulheres. Ocupar espaços, impor limites, conciliar diversas responsabilidades e pressões e ainda buscar saúde mental e emocional para lidar com tantos desafios são apenas algumas das razões que tornam o dia 8 de março uma data de tanta reflexão e reconhecimento. E nas Instituições de Ensino Superior esta batalha não costuma ser menos árdua.

Aqui na Astronauta, nós trabalhamos diariamente com IES privadas, e sabemos que uma faculdade é, no final do dia, uma empresa. Mas uma IES não pode apenas vender matrículas. Ela precisa entregar uma verdadeira experiência, que será a base da carreira dos seus alunos e consequentemente das próximas dinâmicas sociais.

Para muitas mulheres, uma formação superior pode ser emancipatória, e boas profissionais podem conduzir os próximos passos do mercado de trabalho. Por esta razão, é papel também das IES facilitar esta jornada de dentro para fora do campus, reconhecendo que a experiência das alunas e das colaboradoras, seja enquanto seres sociais, seja como parte de uma empresa, é atravessada por peculiaridades sociais que devem ser atendidas.

Apesar do público feminino ter ganhado protagonismo no Ensino Superior nas últimas décadas, as mulheres ainda sofrem mais ao longo de suas experiências nos estudos e na carreira, e estes obstáculos vão desde situações corriqueiras até problemáticas mais complexas. Quer ver?

As mulheres são a vasta maioria nos cursos de cuidado, saúde e educação, como enfermagem, pedagogia e outros cursos de licenciatura. Curiosamente, há uma exceção: a medicina, profissão de maior faixa de remuneração e cuja maioria histórica é masculina.

Enquanto isso, cursos da área de exatas, como engenharias e tecnologias, são dominados pelo público masculino, e diversos são os relatos de mulheres que trancaram suas matrículas por sofrerem machismo na sala de aula.

Muitas alunas relatam assédio por parte de professores homens. Muitos gestores sabem quem são estes professores e não fazem nada a respeito. E quando finalmente isso vem à tona (e tem que vir mesmo), todo mundo da IES perde o sono tentando viabilizar a gestão de crise.

A docência superior também não é representativa. Apesar de estudarem por um tempo médio maior, serem mais dedicadas às carreiras de ensino e se apresentarem em maior número enquanto candidatas à docência, professores universitários homens ainda são maioria.

Além disso, é claro, as mulheres ainda sofrem com diferenças salariais injustificadas, mesmo quando alcançam os mais altos cargos e muitas vezes dentro das próprias IES.

E é por isso que um(a) bom(boa) gestor(a) precisa estar constantemente atento a algumas questões:

  • Conhecer o perfil demográfico da IES
  • Entender quais são os desafios das suas alunas e colaboradoras e buscar soluções eficientes e integradas
  • Adequar a infraestrutura do campus, como a instalação de fraldários para atender as inúmeras mães solo que frequentam a IES todos os dias
  • Avaliar a equidade nas contratações e na distribuição salarial
  • Ouvir e atuar sobre as reclamações das alunas e colaboradoras
  • Propor ações afirmativas integradas voltadas aos cursos de minoria feminina
  • Criar e manter canais de denúncia dentro da IES
  • E muito mais!

Uma das ferramentas para realizar este diagnóstico é a coleta de feedbacks através de seus canais digitais, a gente já falou disso num post anterior por aqui sobre a importância das avaliações de seus alunos e funcionários.

A educação precisa estar sempre aliada à transformação, e pode ter certeza que colocar os desafios das mulheres da sua IES como prioridade não apenas trará destaque, fidelização e credibilidade à sua IES, como também (e principalmente!) promoverá mais dignidade e justiça à toda a comunidade que a cerca!

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