O Futuro da Educação e o Poder da IA: insights do Google Education Summit 2025

O Google Education Summit 2025 começou com um convite à reflexão: como preparar a educação para um futuro que já começou? A abertura, conduzida por Fernanda Doria, Diretora de Negócios do Google, apresentou a proposta central do evento — conectar educadores, instituições e especialistas para discutir o papel da tecnologia, da inteligência artificial e das novas formas de aprendizagem na transformação do ensino.

Fernanda destacou que o objetivo do encontro era integrar dados, tendências e prática, oferecendo uma visão completa do ecossistema educacional: das mudanças no comportamento dos alunos às estratégias digitais que impulsionam o setor.

“Nosso propósito é inspirar quem educa e mostrar como o Google for Education pode apoiar instituições e profissionais na construção de um aprendizado mais acessível, humano e tecnológico.”

Com essa introdução, ela preparou o terreno para uma jornada de conteúdo que abordaria, ao longo do dia, tendências, comportamento de alunos e estratégias digitais, culminando em reflexões sobre propósito e consistência na educação.

Tendências que moldam o futuro da educação e do trabalho

A primeira palestra do evento foi conduzida por Ana Fritoli, líder de insights do Google para o setor de Educação. Sua apresentação trouxe dados inéditos sobre como o avanço da inteligência artificial (IA), as transformações demográficas e as novas expectativas de carreira estão redesenhando o que significa “aprender” e “trabalhar”.

Segundo Ana, estamos vivendo uma mudança de paradigma: a era da informação deu lugar à era da adaptabilidade.
Os profissionais do futuro precisarão aprender, desaprender e reaprender em ciclos cada vez mais curtos — e as instituições de ensino que sobreviverão serão aquelas capazes de ensinar as pessoas a se transformarem junto com o mundo.

Ela apresentou cinco forças que estão redefinindo o futuro do trabalho:

  1. Inteligência Artificial e automação, que mudam não apenas as tarefas, mas a forma de pensar e resolver problemas.
  2. Mudanças demográficas, com novas gerações mais diversas e exigentes quanto a propósito.
  3. Economia global dinâmica, que valoriza habilidades transferíveis e aprendizado contínuo.
  4. Transformações geopolíticas e ambientais, que exigem visão ética e colaborativa.
  5. Novos modelos de aprendizagem, impulsionados por tecnologia e personalização.

Esses fatores, combinados, apontam para um futuro em que as habilidades humanas — criatividade, empatia, pensamento crítico e adaptabilidade — serão tão valiosas quanto o domínio técnico.

IA e personalização: o novo eixo da aprendizagem

Um dos pontos mais fortes da fala de Ana Fritoli foi a relação entre inteligência artificial e aprendizado personalizado.
Ela destacou que a IA não substitui professores, mas potencializa a capacidade de cada educador em entender as necessidades de seus alunos e adaptar o conteúdo à realidade de cada um.

Ferramentas baseadas em IA, como as oferecidas pelo Google for Education, estão permitindo que escolas criem trilhas de aprendizado sob medida — combinando dados, acompanhamento e flexibilidade.

Essa personalização também se conecta ao mercado de trabalho: empresas e profissionais esperam formações mais curtas, aplicáveis e conectadas à prática. O diploma continua relevante, mas o diferencial está em quem sabe aprender continuamente.

Ana reforçou ainda que a IA exige uma nova ética da educação, pautada na responsabilidade e na transparência.

“A tecnologia é tão boa quanto o propósito que a guia. Por isso, educar para o uso ético da inteligência artificial é educar para o futuro do trabalho e da cidadania.”

Aprender, desaprender e reaprender: o ciclo do novo educador

No encerramento da palestra, Ana Fritoli destacou que o futuro da educação não será sobre o acesso à informação, mas sobre o desenvolvimento da consciência. O papel do educador, mais do que transmitir conteúdo, será o de guiar processos de descoberta — ajudar alunos a fazerem as perguntas certas e usarem a tecnologia como aliada.

Para as instituições, isso significa repensar currículos, formatos e métricas de sucesso. A formação precisa ser fluida, interconectada e contínua, combinando técnica, propósito e habilidades socioemocionais. Como ela sintetizou:

“A educação sempre foi a base da sociedade. A diferença agora é que ela precisa se tornar também a base da inovação.”

Conclusão: o futuro da educação é humano e tecnológico

A abertura de Fernanda Doria e a palestra de Ana Fritoli marcaram o tom do Google Education Summit 2025: uma visão otimista e realista de que a tecnologia só tem valor quando coloca o humano no centro. A mensagem é clara: educar é preparar pessoas para navegar em um mundo em constante transformação — e o Google for Education quer ser parte ativa dessa jornada.

O evento seguiu com apresentações sobre jornada do aluno, estratégias de marketing educacional e o papel da consistência na aprendizagem digital — temas que continuaremos explorando nesta série especial da Astronauta Martech.

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