Durante o Google Education Summit 2025, a palestra de Larissa Silva, especialista em marketing digital no Google, trouxe uma das reflexões mais estratégicas do evento: entender o novo perfil do aluno é o primeiro passo para transformar a jornada educacional.
Com base em dados do Google for Education e em pesquisas recentes sobre comportamento digital, Larissa mostrou como o estudante de hoje não busca apenas uma formação, mas experiências que façam sentido para sua trajetória pessoal e profissional.
A educação, segundo ela, entrou em uma nova era — uma era guiada por escolhas conscientes, jornadas curtas e aprendizado contínuo. Para instituições de ensino e profissionais da área, compreender esse novo cenário é essencial para alinhar propósito, tecnologia e comunicação.
O aluno como protagonista da própria jornada
Larissa Silva iniciou sua fala no Google Education Summit destacando uma mudança profunda: o aluno deixou de ser receptor para se tornar protagonista da própria aprendizagem.
Dados apresentados mostraram que o estudante atual — seja de graduação, pós ou ensino técnico — pesquisa, compara e avalia antes de decidir onde estudar. Essa autonomia exige que as instituições compreendam cada etapa do processo de decisão, da busca inicial no Google até a matrícula.
Segundo ela, o funil tradicional de captação está se transformando em uma espiral de engajamento. O aluno não passa linearmente de “descoberta” a “decisão”; ele circula por múltiplos pontos de contato — Google Search, YouTube, redes sociais, indicações e sites de avaliação — até sentir confiança suficiente para agir. Por isso, a comunicação precisa estar presente de forma consistente e empática em todos esses momentos.
Dados que revelam o novo comportamento educacional
Um dos trechos mais comentados da palestra foi quando Larissa apresentou números recentes sobre o comportamento dos estudantes no ambiente digital. Mais de 70% das decisões de matrícula no Brasil têm origem em uma busca no Google, e mais de 50% dos alunos assistem a vídeos no YouTube antes de escolher uma instituição. Esses dados reforçam que o processo de decisão é multicanal e altamente influenciado por conteúdo.
Outro ponto relevante é a diferença entre perfis. Alunos de graduação priorizam flexibilidade, custo-benefício e ensino híbrido; já os de pós-graduação valorizam aplicabilidade imediata e retorno de investimento (ROI). Em ambos os casos, o estudante busca instituições que ofereçam clareza e credibilidade digital, desde o primeiro clique até o pós-matrícula.
Para Larissa, a confiança começa na busca. Um site desatualizado ou um anúncio genérico pode interromper a jornada antes mesmo que ela comece. Por isso, compreender a psicologia da busca é fundamental para quem deseja conquistar e reter alunos em um cenário cada vez mais competitivo.
Jornada do aluno: emoção, razão e propósito
A palestra trouxe ainda uma perspectiva que uniu dados e emoção. Segundo Larissa, a decisão educacional é tanto racional quanto afetiva. A escolha de um curso ou instituição envolve sonhos, pertencimento e expectativas de futuro. Nesse contexto, o YouTube se torna um aliado poderoso, pois oferece narrativas reais — histórias de alunos, depoimentos e experiências que ajudam outras pessoas a se imaginarem naquele lugar.
Larissa destacou que, para o Google for Education, o papel do marketing não é apenas atrair, mas educar e inspirar a decisão. As marcas educacionais que mais crescem são aquelas que constroem conteúdos úteis, inspiradores e consistentes, que acompanham o aluno em cada etapa da jornada — desde o momento em que ele começa a pesquisar “melhores cursos de psicologia” até quando procura “como conseguir bolsa de estudos online”.
O desafio das instituições: transformar presença digital em relacionamento
A mensagem final de Larissa Silva no Google Education Summit 2025 foi clara: presença digital não basta — é preciso gerar conexão. Ela explicou que o aluno contemporâneo não quer apenas ser informado, mas sentir-se compreendido. Por isso, a tecnologia deve servir como ponte entre pessoas, e não como filtro. A personalização da comunicação, o uso ético de dados e a empatia nas interações são os fatores que diferenciam instituições que apenas “anunciam” daquelas que realmente se conectam.
Para Larissa, a jornada do aluno é, antes de tudo, uma jornada de confiança. Cada busca no Google, cada visualização no YouTube e cada clique em um anúncio é uma oportunidade de construir relação e valor.
Essa visão se alinha ao propósito maior do Google for Education: apoiar educadores e gestores na construção de experiências que coloquem o estudante no centro, promovendo aprendizado contínuo, humano e acessível.
O futuro da jornada educacional é híbrido, humano e contínuo
Ao encerrar sua palestra, Larissa Silva deixou uma provocação inspiradora:
“A educação do futuro não é sobre onde o aluno estuda, mas sobre como ele aprende e por que continua aprendendo.”
Essa frase resume o espírito do Google Education Summit 2025 e reflete o novo papel das instituições de ensino: guiar trajetórias de aprendizado que não terminam no diploma, mas se renovam ao longo da vida. Para quem atua em marketing educacional, o desafio é claro — compreender, mapear e nutrir essa jornada com propósito, dados e empatia.