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Como avaliar a viabilidade do lançamento de um curso superior na sua IES

Assim como lançar um foguete ao espaço, lançar um curso superior novo, é um dos maiores e mais sérios investimentos de uma IES e todo gestor de uma sabe disso. E é por isso que, ao surgir a ideia de lançar um novo curso, deve ser realizado um sólido estudo para avaliar a viabilidade deste lançamento – e de lançamento a nossa tripulação entende!

No conteúdo de hoje, vamos te dar um guia para que o seu time pense e conecte alguns pontos estratégicos antes de lançar um novo curso superior. Aperte os cintos e venha com a gente!

1- Conheça as exigências formais do MEC

O primeiro passo certamente é verificar exigências do Ministério da Educação para o curso pretendido. Alguns cursos possuem exigências complexas e específicas e podem demandar mais investimento, treinamento e burocracia, e é por isso que este é o primeiríssimo item a ser considerado.

Você terá que saber a carga horária exigida para o curso, as disciplinas, a faixa salarial dos docentes que ministram estas disciplinas, se o seu curso pode ser ministrado digitalmente ou se há obrigatoriedade de que ele seja presencial, se há custos envolvendo disciplinas práticas e estruturas necessárias para que elas possam ser ministradas, entre muitas outras variáveis que farão parte dos nossos próximos tópicos.

2- Estude o seu público, é claro!

Estudar o seu público é uma tarefa constante e nunca pode ser abandonada, mas ela ganha ainda mais relevância quando você busca fazer um drástico investimento para cativar uma parcela ainda maior de alunos.

Afinal, de nada adianta ter a vontade, os recursos e a estrutura para lançar este curso se a sala de aula ficar vazia, né?

Estudar o seu público envolve analisar o perfil de trabalho dos jovens da sua cidade ou região, as aspirações da nova geração, a probabilidade de evasão, as chances deste curso se tornar obsoleto, enfim, tudo que te dê alguma informação sobre a receptividade deste curso pela comunidade.

Além do interesse no curso, outros fatores podem ser determinantes para a aderência do seu público, como o deslocamento para a sua IES. Se o seu público mora majoritariamente na cidade vizinha, por exemplo, faz parte da sua tarefa entender os desafios envolvidos neste deslocamento e quem sabe propor à empresa de transportes responsável um acordo que torne esta jornada mais fácil para o seu aluno!

Se você pretende lançar um curso online voltado para o público da sua cidade ou região, é importante conhecer os dados sobre a facilidade de acesso à internet e a ferramentas como celular e computador por parte do seu público.

Para conseguir estas informações valiosas, você pode encomendar pesquisas junto a empresas especializadas, que realizarão um levantamento sobre o perfil do seu público e a intenção de aderirem ao seu novo curso, e pode também realizar pesquisas periódicas com as ferramentas internas da sua IES.

3- Avalie o mercado desta área

Seja você uma IES de pequeno, médio ou grande porte, você certamente deve estudar o mercado de atuação do seu formando para pensar como ele, pois ele certamente pensará em suas possibilidades de trabalho no futuro ao optar pelo curso superior que vai fazer.

Na verdade, o estudo de mercado é importante não apenas para considerar as oportunidades do seu formando, mas também para analisar se a sua IES conseguirá oferecer disciplinas práticas, por exemplo, que é requisito obrigatório do MEC para determinados cursos superiores!

Por exemplo: se a sua cidade carece de hospitais e unidades de saúde e você quer lançar um curso de enfermagem, onde os seus alunos poderão fazer estágio? A cidade vizinha tem hospital? Ela fica muito longe? Está precisando desta mão-de-obra?

Perceba que, se você não fizer este estudo prévio, há chances de que o seu curso de enfermagem acabe logo depois da primeira turma, se conseguir formá-la!

E fique atento com os “cursos da moda”. Uma turma de curso superior demora de três a cinco anos para se formar, então quando estamos falando de um curso superior, é irrazoável pensarmos apenas no curto prazo. Pensando a longo prazo: este curso tende a permanecer relevante através do tempo? Qual é a demanda social que ele atende? Diante da aceleração da inteligência artificial, o profissional formado nesta área tem chances de se tornar obsoleto em breve?

O mesmo se aplica para IES de médio e grande porte, guardadas as devidas proporções, é claro. Estudar o mercado é etapa fundamental para avaliar se o seu novo curso superior vai ser viável a curto, médio e longo prazo.

4- Entenda a sua concorrência

Suponhamos que  você queira lançar um curso de Medicina. O polo atrativo de empregabilidade para médicos é situado na cidade vizinha, onde ficam localizados 3 grandes hospitais. Só que nesta mesma cidade vizinha, já existem duas faculdades que ofertam cursos de Medicina, e estas duas únicas faculdades concentram 90%  dos alunos de Medicina de toda a região.

A pergunta é: será que a sua IES está preparada para brigar com essas duas gigantes? E mais importante que isso: será que essa briga vale a pena?

Perceba o quão importante é ponderar se vale a pena criar uma concorrência em determinado nicho que já possui fortes protagonistas ou se o seu risco de fazer um mau investimento torna a sua ideia inviável.

Mas calma, não estamos falando que você não pode jamais concorrer com outra IES, muito pelo contrário! A concorrência faz parte do mercado e estimula as empresas a crescer cada vez mais e é muito bem-vinda quando feita com estratégia e estudo prévio: busque compreender as lacunas, reclamações e fraquezas da concorrência para preenchê-la, valorizando a experiência do seu aluno e criando, desde o início, impacto e autoridade para o seu novo curso.

5- Calcule o seu investimento

Ao lançar um curso, você precisa calcular os seus recursos, tanto aqueles que são próprios do lançamento e que tendem a ser necessários apenas desta vez quanto aqueles que se manterão constantes.

A gente explica: enquanto que custos com ferramentas e um trabalho específico e forte para o marketing do lançamento, compra de materiais e equipamentos para as aulas e despesas com registro do curso nos órgãos competentes são despesas únicas e que você só vai desembolsar para o lançamento, outras despesas como manutenção da estrutura e dos equipamentos, risco de perda de material e remuneração do corpo docente são despesas recorrentes que você deve prever para os seus próximos balanços.

É preciso que a equipe de gestão financeira coloque isso tudo na ponta do lápis (e de preferência planeje esta verba com certa folga para eventuais imprevistos).

Com estes números no papel, será possível calcular um valor justo para a mensalidade dos seus futuros alunos e o número mínimo de alunos que tornará este curso rentável e sustentável a longo prazo.

Se você avaliou todos estes aspectos e concluiu que não vale a pena lançar este curso neste momento, coloca ele numa gavetinha especial, prepare melhor a sua IES para recepcioná-lo e reavalie esta possibilidade de tempos em tempos.

Agora, se você marcou todas as bolinhas e concluiu que a sua IES está mais do que pronta para esta nova etapa, é só seguir o comando do nosso querido Houston:

ATIVAR MODO LANÇAMENTO!

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